O presidente Jair Bolsonaro (PL) protagonizou mais um conflito com o Supremo Tribunal Federal. A polêmica envolvendo o chefe do Poder Executivo está relacionada ao prazo que o Ministro do STF Alexandre de Moraes deu para que Bolsonaro pudesse explicar o suposto discurso de ódio imputado, assim como as provocações contra os magistrados. A decisão do ministro em conceder 48 horas para manifestação de Bolsonaro acerca da representação movida por deputados do PSOL foi proferida na sexta-feira (15/07). Porém, na noite de domingo (17/07), Jair Bolsonaro provocou o magistrado e disparou: “quer intimidar quem?”
Em entrevista concedida por Bolsonaro na parte externa do Palácio da Alvorada, ele afirma: “Cara, sexta-feira, dar 48 horas, quer provocar, não quer diálogo, não quer solução”. Alexandre de Moraes afirma ainda que existe um gabinete do ódio que pertence ao presidente, contudo, não traz nenhum tipo de prova capaz de corroborar as afirmações.
“Parece que o espírito de Fidel Castro encarnou em alguém aqui no Brasil. Um magistrado não pode agir sob ameaça, tem que agir de acordo com os autos, e ali ele faz seu julgamento, seus questionamentos” – afirma Bolsonaro.
Para o presidente, Alexandre de Moraes age se utilizando de ameaças como forma de coagir a oposição. Bolsonaro ainda sugeriu que Alexandre de Moraes não tem interesse na conciliação entre os três Poderes. O Ministro do STF que assumirá a cadeira de Presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no mês de agosto age arbitrariamente e segundo as suas próprias convicções, sem qualquer tipo de interesse no diálogo.
Bolsonaro ainda questiona: “quem o Ministro do STF quer intimidar? O que ele busca com este tipo de ameaça? Será que o seu objetivo é realmente a tranquilidade, harmonia e paz entre os três poderes?